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Política 49511l

Justiça cassa mandatos de Édio Navarini e Jaqueline Silva e determina novas eleições em Bom Jardim de Goiás 1z3k4h

Decisão aponta abuso de poder econômico, decreta inelegibilidade por oito anos e envia caso à Polícia Federal por possível falso testemunho 2s5c61

13/06/2025, às 09h06

Foto: Reprodução

A Justiça Eleitoral decidiu, nesta sexta-feira (13), cassou os mandatos de Édio Navarini e Jaqueline Silva dos Santos, eleitos prefeito e vice-prefeita de Bom Jardim de Goiás nas eleições de 2024. Ambos também foram declarados inelegíveis por oito anos, contados a partir do pleito, realizado em 6 de outubro de 2024.

A sentença, assinada pela juíza Yasmin Andressa Simioni Cavalari, reconhece que houve abuso de poder econômico na campanha, com o uso de recursos da Agropecuária Navarini — empresa de propriedade de Édio — para patrocinar eventos religiosos e populares no município. Durante as festas, foram oferecidos alimentos, brindes personalizados e até transporte gratuito, o que, segundo a Justiça, desequilibrou a disputa eleitoral.

A magistrada também destacou a atuação de um líder religioso local, que, vestindo boné e camiseta da empresa de Édio, convocou fiéis para participarem de atos que acabaram ganhando caráter político. O envolvimento da fé com a campanha eleitoral foi considerado um agravante.

Como consequência, a decisão determina a realização de novas eleições no município, já que os votos da chapa inteira foram invalidados. Além disso, foi encaminhado ofício à Polícia Federal para investigar um possível crime de falso testemunho, após uma testemunha do processo ter se retratado apenas parcialmente.

Da decisão cabe recurso. Seus efeitos serão produzidos após trânsito em julgado.

A gravidade das condutas agora reconhecidas pela Justiça já havia sido alertada anteriormente pela imprensa. Em março de 2024, o Jornal O+Positivo publicou um artigo assinado por João Santana denunciando práticas que apontavam para uma possível “compra disfarçada de votos” durante a pré-campanha de Édio Navarini. A reportagem trouxe detalhes sobre festas patrocinadas com recursos próprios, distribuição de brindes à população e mobilizações com apoio de lideranças políticas regionais — elementos que, à época, já indicavam um possível desequilíbrio na disputa eleitoral.

“Julgo procedentes os pedidos (…) para condenar os investigados Édio Navarini e Jaqueline Silva dos Santos (…) pelo abuso de poder econômico, à cassação dos diplomas (…) bem como para decretar a inelegibilidade destes, pelo prazo de 8 anos, a partir de 06.10.2024.”
— Juíza Yasmin Cavalari – 13/06/2025

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